O escaneamento da íris é um método de biometria que tem emergido por sua precisão. Dessa forma, os dados biométricos de cada cidadão são dados únicos e possuem grande importância, pois estão ligados a identidade física da pessoa. Atualmente, há avanços nessa área, impulsionados pela necessidade mundial de métodos mais eficazes de autenticação. Por essa razão, o seu uso exige cuidado e responsabilidade no tratamento e proteção das informações.
Com os avanços tecnológicos, a biometria passou a ser amplamente utilizada em diversos setores da sociedade. Assim, indo do controle de acesso a locais restritos até a identificação pessoal em serviços públicos e privados. A identificação biométrica também pode ser realizada por meio de impressões digitais e reconhecimento facial.
No Brasil, um dos exemplos notáveis é do projeto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que incorporou a biometria ao processo de votação. Então, a identificação do eleitor passou a ser feita por meio da verificação de características físicas individuais.
Assim, diferentemente das senhas que podem ser esquecidas, os métodos biométricos oferecem uma forma de autenticação pessoal baseada nas características únicas e intransferíveis.
Por isso, continue a sua leitura e conheça mais sobre o reconhecimento por íris. Boa leitura!
O que é escaneamento da íris?
Para compreender o que é escaneamento da íris, é necessário entender primeiro o conceito de biometria. A biometria é a ciência que estuda o reconhecimento e a identificação de indivíduos com base em características físicas ou de comportamento, como:
Características físicas:
- Reconhecimento de íris;
- Impressão digital;
- Reconhecimento facial;
- Geometria da mão;
- Reconhecimento da retina;
- Emissão de calor corporal.
Comportamentais:
- Tom de voz ou a forma de falar;
- Assinatura;
- Dinâmica da digitação.
Atualmente, a biometria pode ser integrada a tecnologias de inteligência. No caso do escaneamento da íris, é analisado o padrão único da íris do “olho” do indivíduo, ou seja, as características exclusivas dessa região ocular. A partir dessa análise, é criada uma espécie de “assinatura eletrônica”, representada por um código matemático imutável.
Como funciona o escaneamento da íris?
Essa identificação biométrica utiliza o reconhecimento da íris do olho humano. Sabe aquela parte colorida circunda da pupila? É justamente essa região que será analisada, pois apresenta características únicas para cada indivíduo, inclusive entre gêmeos univitelinos.
Além disso, essas características permanecem praticamente inalteradas ao longo da vida, a menos que ocorram traumas ou intervenções cirúrgicas, como a correção de catarata.
A imagem da íris é capturada por um dispositivo específico de escaneamento, sendo processada em seguida. A partir disso, é gerado uma identificação exclusiva para o indivíduo.
Aliás, o processo de escaneamento consiste, basicamente, em duas etapas fundamentais:
- Captura da imagem da íris: a imagem é capturada através de um aparelho de escaneamento;
- Processamento da imagem: a análise da imagem para a extração dos padrões exclusivos da íris;
Como funciona a segurança dos dados coletados?
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), n°13.709/2018, classifica os dados biométricos como dados sensíveis. Isso significa que essas informações estão vinculadas à identidade física de um cidadão, exigindo um nível máximo de atenção e proteção.
No final de 2024, a Tools for Humanity, do cofundador da OpenAI, iniciou as operações no Brasil com o projeto Worldcoin. Afinal, o objetivo da companhia era coletar dados biométrico da íris para a criação do World ID, uma identificação de nível global que permitiria ao indivíduo titular comprovar que é um humano, diferenciando-o de robôs.
Conforme a reportagem publicada no g1, os participantes recebiam pagamentos em criptomoedas como incentivo. No entanto, muitos deles não compreendiam plenamente os riscos e benefícios envolvidos. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) interrompeu a coleta de dados, alegando preocupação com a privacidade e consentimento claro.
Quais são os desafios éticos do escaneamento da íris no Brasil?
A implantação da identificação biométrica da íris no país levanta alguns debates em questão da ética, principalmente, por envolver dados sensíveis conforme definido pela LGPD. Assim como os principais desafios estão relacionados à privacidade, consentimento e a regulamentação adequada.
Dessa forma, entre os dilemas éticos mais discutidos, destacam-se:
- Consentimento do titular: a necessidade de garantir que o titular compreenda e autorize de forma clara a coleta e o uso dos dados biométricos;
- Direito à exclusão de dados: o titular deve ter o direito de solicitar a remoção dos seus dados do sistema;
- Uso indevido das informações: risco de venda, vazamentos ou compartilhamento dos dados sem autorização do titular;
- Monitoramento em grande escala: possibilidade de vigilância constante dos indivíduos que coloque em risco a liberdade individual de cada um deles;
- Centralização de dados: armazenamento massivos das informações colocando em risco tanto a segurança cibernética quanto a soberania dos dados.
Quais as vantagens da identificação biométrica?
Os benefícios entorno do escaneamento da íris, oferece vantagens em relação aos métodos mais tradicionais de autenticação. Isso porque a íris possui características únicas e praticamente imutáveis ao longo da vida humana, o que reduz a probabilidade de erro ou fraude.
Sendo assim, os principais benefícios do escaneamento da íris, inclui:
- Identificação específica;
- Agilidade no processo de autenticação;
- Segurança com baixo risco de falsificação;
- Impossibilidade de ser esquecida.
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